Olá pessoal, essa semana irei
falar minhas expectativas sobre a adaptação para série de televisão do mangá
Monster, que acaba de ser anunciada pela HBO e será roteirizada por Guillermo
Del Toro.
EXPECTATIVA
SOBRE A ADAPTAÇÃO DE MONSTER
Monster é um mangá do gênero seinen (voltado para
adultos) criado por Naoki Urasawa, possui 18 volumes e uma serie em anime com
74 episódios. A história gira em torno de um jovem medico chamado Dr. Tenma,
ele viaja pelo mundo em busca do maior sociopata da face da terra que ele sem
querer ajuda a criar. Esse sociopata comete vários assassinatos, e faz com que
todos apontem para Tenma, resta apenas ao protagonista fugir e começar uma
busca a este assassino.
Originalmente, o Del Toro
tentou transformar Monster em um longa metragem, mas se tocou que a história era
extensa demais para ser contada em apenas um filme. Então ele foi atrás
de transforma-lo em um seriado de televisão, e lançou a proposta para a HBO que
gostou da idéia de deu sinal verde para Del Toro. Como todos sabem, a HBO é o
lar de incríveis seriados, como Game
of Thrones e Roma, e nada melhor do que ela para adaptar esse manga fenomenal.
Além
disso, Del Toro afirmou que levou bastante tempo em negociações para que o
autor Urasawa aceitasse ceder os direitos do mangá para uma adaptação
ocidental. Urasawa possui um grande apego as suas obras, e só aceitou o projeto
após o acordo de poder ver os esboços de cada episódio da primeira temporada da
série, para ter certeza que a história está fiel a sua obra. Del Toro também
afirmou que a história do seriado irá cobrir todos os 18 volumes do mangá
seguindo à risca e sem conteúdos adicionais.
Até
agora, o seriado não possui atores definidos e nem uma data de estreia, porem
eu não escolheria outro roteirista e nem outro canal para produzir este
seriado. Monster possui uma história complexa e seria, cheia de suspense, drama e com um
roteiro excelente. Ela se passa num mundo humano, sem magias ou poderes (ao
contrário de muitas series japonesas), o que o torna perfeito para uma
adaptação de qualidade. Estou esperando ansioso para essa ótima adaptação.
Finalizando uma semana de puro amor ao cinema, os dois últimos dias da mostra serviram de confirmação para o Diretor Fantasma de que quando se acredita em algo verdadeiro que faz parte da sua identidade não importa como isso aconteça nem o quanto dure, o que realmente importa é alcançar o seu objetivo mais primário de maneira eficaz ao ponto de atingir varias pessoas de realidades e pensamentos diferentes.
Na quinta-feira, terceiro dia, conhecemos um espectador que comparece a mostra ano a ano, dês de sua abertura. Em um depoimento espontâneo ao grupo de cinegrafistas da Vila das Artes, uma das parcerias da mostra, ele relatou todo o seu agradecimento pelos idealizadores, pois sem a realização da mostra com toda a certeza ele não saciaria o seu apreciação pelas produções nacionais. Sabendo que essa é a principal motivação para se realizar a mostra, Cesar Teixeira e Kamile Costa com toda a certeza haviam alcançado naquele momento a concretização de um projeto preocupado com quem gosta de cinema e tem vontade de gostar ainda mais. É compreensível o sentimento desse espectador, pois mesmo na capital Fortaleza, e tantas outras capitais e metrópoles, acontece esse tipo de isolamento exibitivo. O que seriam dos amantes sôfregos dos filmes não comerciais sem as predileções das mostra e festivais? Já que recordar é viver, é hora de saber como foi despedida dessa semana encharcada de cinema.
NA SEXTA
Na sexta-feira, penúltimo dia da mostra, o ritmo da programação continuava no pique. Foi o dia da ultima exibição no Teatro Pedro Lima Verde e a finalização da oficina Filme Nosso: realização fílmica de um conto adaptado, realizada pela diretora Sara Mabel.
Como o de costume, o dia de programação da mostra começou cedo. Sexta foi o dia de se despedir do Teatro Paulo lima verde com o longa O Ano Em Que Meus Pais Saíram de Férias, compondo a mostra infantil. O filme conta a história de Mauro, um garoto que é deixado com o avô pelos seus pais, que por sua vez estão fugindo da perseguição militar, durante o período em que era instaurada no Brasil a ditadura, na década de 1970. Depois de perder o avô e aprender a viver sozinho e sem amparo, o garoto acaba fazendo novos amigos e vivendo uma infância normal, na medida do possível, pois a espera contínua por seus, que afirmaram para garoto que estariam saindo de férias e prometeram voltar na copa de 1974, e a presença da repressão militar, compõem um pequeno drama emocional e uma necessidade de amadurecimento fora de hora do garoto. A alegria de mauro era a paixão por futebol e seu álbum de figurinhas dos jogadores da seleção. Com o tema da ditadura e do futebol, o filme vai se desenrolando de maneira gostosa, remetendo a uma noção de infância bem aproveitada mesmo em meio a eventos desagradáveis. Já as crianças presentes no Teatro estavam curiosas para saber do desfecho do filme. Afinal os pais de Mauro voltariam ou não? Enquanto eles não descobriam, a diversão corria solta. A cada cena de jogo da copa de 1974 era uma euforia de gol. A cada drible, a cada defesa e principalmente a cada gol era uma comemoração digna de torcida de estádio lotado. Uma ótima despedida das sessões matinais.
Já a tarde, a oficina da diretora Sara Mabel cruzou a tarde para realizar a segunda parte da oficina Filme Nosso: realização fílmica de um conto adaptado. A lição da tarde foi a realização das filmagens do projeto traçado com os participantes das oficinas.
Finalizando o dia, no auditório do SESC, foi o momento dos habitantes de Iguatu conhecerem a história de vida de Vanessa Pinheiro em Não Vá Se Perder, curta vencedor de Melhor Roteiro e Melhor Curta pelo Júri Popular no Festival Nóia, ano passado. O curta fala de maneira cômica/trágica a vida amorosa da diretora com os seu 8 relacionamentos e seus desastres corriqueiros. Logo após foi exibido o curta de Quico Meirelles, 5 Minutos, com Juliano Cazarré e Maria Flor, dialogando sobre o que se pode fazer em cinco minutos, já que esse foi o tempo que os impediu de entrar em um pub, em Londres. Como sempre o ponto alto da noite é a exibição de um longa. O documentário Paraíba Meu Amor, do diretor Bernard Robert Charrue, reuniu os amantes do forró em um verdadeiro bailão de sanfonas. O documentário tem um formato visual característico do diretor europeu. Apesar da preferência e o costume fotográfico, o filme não esconde o lado sofrido e “marginal” da realidade forrozeira. Chico Cesar e mais três sanfoneiros, incluindo Dominguinhos, cantam de musica em musica a história do forró em Paraíba e no nordeste no brasil. A platéia em muitas vezes cantou junto com as interpretações dos artistas convidados, dependendo somente de um arrasta pé comedido por conta do espaço.
Quando a sessão teve o seu termino o sentimento de despedida já pairava entre os organizadores e com o Diretor Fantasma.
NO SÁBADO
No ultimo dia da mostra o céu de Iguatu parecia está mais pitoresco do que antes. As nuvens pareciam saber que algo estava muito bom estava chegando ao fim e que esse fim seria da maneira mais prazerosa que alguém poderia imaginar.
A despedia do auditório do SESC (um dos pilares da mostra, responsável pelo confortável espaço provido de equipamentos e aparatos técnicos necessários para as exibições) foi a tarde com o workshop sobre O Processo Criativo na Composição Sonora de “Doce Amianto”, ministrado por um dos diretores do filme, o também poeta Uirá dos Reis. Uma experiência de aprendizado com um artista altamente criativo e inspirador. Com toda a certeza um dos momentos para se guardar na mochila.
Complementando a tarde, mais a noite foi exibido o altamente aguardado longa Doce Amianto, de Uirá dos Reis e Guto Parente, no ORTAET, espaço cedido pelo grupo teatral de Iguatu para o encerramento da mostra. O ultimo filme do coletivo Alumbramento Filmes a ser exibido na mostra. Ainda inédito em Fortaleza o filme é uma verdadeira cachoeira de sensações e analogias, uma obra surreal. Não foi por acaso que o filme deu o que falar no festival de Tiradentes esse ano. Uirá é Blanche, uma fada madrinha que ajuda Amianto (Deynne Augusto) a superar suas dores pelo seu amado "Rapaz". Em meio a esse sofrimento, realidade, sonho e loucura se misturam em imagens, formando simbologias geniais, desconstruídas, retiradas de momentos sofridos e felizes da personagem. Aqueles momentos em que o publico se identifica com o que é mostrado, pois é um sentimento decodificado para a tela que jamais fora imaginado por quem sentiu. Um trabalho magistral.
Após a exibição do longa foi realizado um debate sobre o filme no local. Curiosidades, dúvidas, relações a outras obras, elogios, tudo foi compartilhado com quem estava presente e gostou do filme. Foi realmente um momento único para quem gosta de cinema, ver uma obra incrível e poder falar sobre ela com que a realizou, algo que deveria ser compartilhado com milhares de pessoas.
Terminado a noite o Diretor Fantasma estava tão estarrecido e confortável ao mesmo tempo, que poderia acabar ou começar tudo outra vez, que não importaria, o que foi vivido e apreciado em Iguatu ficará por muito tempo em memórias póstumas.
Agradeço até a outra vida a organização da mostra por ter a lembrança fantasmagórica do Diretor, a Kamile Costa e ao Cesar Teixeira pelo aconchego e o cuidado com esta escritora, aos convidados da mostra pela boa companhia, pelas noites incríveis ao lado dos que ajudam na organização da Mostra e pela viagem mais que tranquila e bem guiada pelo aniversariante da semana, o rei do gingado Antônio, nosso motorista.
No
terceiro dia da Mostra de Iguatu aconteceu muita brincadeira e gargalhada no Teatro
Pedro Lima Verde, gente aproveitando as oficinas e muita gente se emocionando
nas exibições no SESC.
Na manhã dessa quinta-feira, o
Teatro Pedro Lima Verde recebeu para a exibição do longa de animação Garoto Cósmico, de Alê Abreu, os estudantes
das escolas do município. Entusiasmados com as cores e musicalidade do filme, a
garotada achou muito curioso o modo de vida dos habitantes do Planeta das
Crianças. O filme mostra de maneira divertida a vida mecânica de Cósmico, Luana
e Maninho que sonham e em ingressar para o Planeta das Crianças Adultas, mas
para conseguir chegar até lá eles precisão cumprir uma série de normas e regras
impostas pelo sistema do seu Planeta. Cada um possui um relógio que diz o que eles
devem fazer, como fazer e quanto tempo precisam para fazer. Esse relógio faz
parte do sistema de controle populacional, pois tomar decisões da própria vida
e fazer escolhas não era considerado um modo de vida e de organização modernos, com
o relógio os habitantes do Planeta das Crianças, do Adultos, dos Idosos, dos
Bebês e arredores, não precisavam se preocupar em autonomia, o sistema cuidava
disso por eles. Remetendo as condições sociais do nosso meio social, o filme vai
se desenrolando quando o trio de amigos acabam saindo de seu Planeta e indo
parar em outro com formato de laranja. Nesse momento eles descobrem como é bom brincar
de imaginar. No filme há as participações musicais de Vanessa da Mata e Arnaldo
Antunes deixando ainda mais divertida a sessão.
Depois de muitas gargalhadas e
traquinagem pela manhã, a tarde foi a vez da diretora Sara Mabel iniciar a primeira
parte da oficina Filme Nosso: realização fílmica de um conto adaptado, no
auditório do SESC. Muita gente interessada e conhecedora do universo do
audiovisual compareceu, deixando a oficina muito mais enriquecida.
Pela noite o auditório do SESC
recebeu uma torrente de espectadores para a exibição do curta Meu Amigo Mineiro, de Gabriel Martins e
Victor Furtado, produzido pelo coletivo alumbramento Filmes, e o denso longa Histórias
Só Existem Quando Lembradas, de Julia
Murat. Era tanta gente assistindo aos filmes que faltou lugar nas poltronas
fixas do auditório, quem estava chegando acabou sentando em cadeiras comuns nos
corredores laterais do auditório. Foi de se chamar atenção o grande público da
terceira idade que com certeza foram atinados para irem conferir o longa. Uma história
de grande densidade e percepção, o filme foi um desafio para a platéia que não
é acostumada com o gênero, que mesmo assim se manteve em um número significativo.
Muitas cenas paradas, muito tempo, muito silêncio e uma temática comum: a
relação desgastada, mas fundamentalmente dependente de um casal de idosos em um
lugar corroído pelo tempo. Um filme para incitar os sentimentos mais subordinados
e a condição de uma história de amor desgastada entre duas pessoas fatigadas
com o tempo. A história se passa na cidade fantasma de Jotuomba, onde há muito
tempo não morre gente, os habitantes são compostos por idosos e o cemitério
está abandonado, trancado a cadeado. As histórias de dona Madalena começam a ser
lembradas quando a fotógrafa Rita chega a cidade e começa a descobrir o que aconteceu
com as pessoas daquele lugar e como o tempo influiu em suas recordações. Depois
da sessão, quando as pessoas iam saindo do auditório, era de se perceber a
comoção no rosto de cada uma, se não os olhos vermelhos e as lágrimas ressecadas.
Uma experiência exponencial para os espectadores e uma honra de prestigiar um filme
de tanta placidez.
E foi assim, com muita emoção,
que o terceiro dia da IV Mostra de cinema de Iguatu se foi. Que venha o quarto!
Para saber sobre a programação da
mostra, clique aqui.
No
segundo dia da mostra, o auditório Sabino Antunes da Silva, no SESC, se tornou uma
vitrine de indagações existencialistas enquanto que mais cedo o Teatro Pedro
Lima Verde transformava-se em um salão de dança.
Durante a mostra boa idade no Teatro
Pedro Lima Verde, pela manhã, aconteceu a exibição do longa Chega de Saudade, da diretora Laís Bodanzky,
reunindo o publico da terceira e melhor idade de Iguatu. O longa de 2008 mostra
as alegrias e dramas de jovens e velhos que frequentam um salão de dança em São
Paulo, durante um noite. A trilha sonora do filme já é contagiante por si só,
ainda mais com a presença dos simpáticos e joviais senhores e senhoras de Iguatu.
Não demorou muito e todos os espectadores se tornaram parte do filme, cada um
com o seu par, dançando no compasso das musicas, cena a cena. Foi um verdadeiro
baile de cinema!
Já a tarde foi a hora de
aproveitar o workshop Livro Deles Filmes Nossos: o processo de adaptação
fílmica, com a instrutora Michelline Helena, no auditório do SESC. Mais a
noite, no mesmo auditório foi a hora das exibições mais provocadoras da mostra.
Você é feliz com o seu
trabalho? Você é livre? Se eu tivesse todas as repostas do mundo, o que você
perguntaria? Assim se desenvolveu o curta Retrato de Uma Paisagem, do diretor Pedro
Diógenes. Um provocador, desempregado, sai andando pelo centro de Fortaleza
fazendo as perguntas acima para mendigos, comerciantes, seguranças de lojas e
pedestres, uma verdadeira incitação a loucura. Muitos dos abordados não
souberam responder ou deram as mesmas respostas, mas cada um com justificativas
correspondentes as percepções das hierarquias sociais. O filme mostra em imagem
o que muita gente já sentiu e questionou sobre o modo em que vivemos e por qual
razão temos que viver.
Além da “afronta”, pois
questionar o óbvio é um entanto contraditório, o curta é composto por imagens
puramente urbanas do centro comercial de fortaleza, filmadas durante um sobrevoo de helicóptero. Imagens que mostram a fatigante rotina frenética de uma
sociedade de consumo sob uma locução descritiva e avaliativa dos preceitos
sociais.
Após a exibição do curta, foi a
hora de entrar em outro universo, o de Verônica. Uma médica recém formada que
começa a praticar sua profissão em um hospital publico de Recife, fazendo
consultas clinicas. Durante esse novo e aguardado momento profissional, Verônica
se encontra em auto-avaliação, em poucas palavras ela passa por uma crise
existencial após todo o tempo em que prestou estudo e atenção a aquilo que ela acreditava
ser seu propósito de vida. Agora, a protagonista precisa se descobrir e
resolver quais são os seus verdadeiros objetivos pessoais e profissionais. Junto
com essa jornada ela se depara com o peso dos seu 24 anos a velhice de seu pai,
e a rotina desgastante do hospital. Assim como o curta do Alumbramento, Era Uma
Vez Eu Verônica, do diretor Marcelo Gomes, dialoga com a temática do
existencialismo e o encontro de si mesma em meio a “multidão”. As diferenças
entre as duas produções são o teor sexual e a presença perfeitamente selada de
Karina Bruh na trilha sonora do longa.
E foi assim que terminou o
segundo dia da mostra. Confira as fotos tiradas nesses dias de realização:
Com
muita alegria e cinema, foi aberta a semana que irá tirar o interior do Ceará
do marasmo cinematográfico. A abertura da IV Mostra de Iguatucontou coma a
presença de cineastas e dos habitantes locais na sede do SESC, que aproveitaram
a cerimônia de abertura da mostra para prestigiar o cinema nacional e conferir
o que virá nos próximos dias.
Regada a chuva e boas conversas
a noite de abertura da mostra foi um verdadeiro encontro de gente boa. A noite
começou com a homenagem ao coletivo Alumbramento Filmes, com direito a troféu ÁguaBoa
entregue ao casal Pedro Diógenes e Caroline Louise, que ficaram emocionados com
o vídeo de retrospectiva dos filmes produzidos pelo coletivo, afirmando que,
após assistir o exceto, viram passar um “filme na cabeça” relembrando os
momentos de gravação e realização dos filmes e sentiam
muito prazer em ser laureados com o troféu, pois ele se torna mais uma
motivação de continuar acreditando no trabalho do coletivo Alumbramento.
Após o agradecimento dos
integrantes do coletivo foi apresentado o curta Amor no Ar, da diretora Sara Mabel, inspirado em um conto de Rubem Fonseca. Ontem foi a primeira exibição do filme, sendo assim a estréia nacional do
curta. O filme reúne a maioria dos organizadores da Mostra de Iguatu em sua
realização e conta uma história de amor traçada pela violência e pela vingança.
Contudo, a hora mais esperada
da noite foi a exibição do longa O Abismo
Prateado, do diretor cearense Karim Ainouz. O filme é muito esperado no
país inteiro e já estreou em algumas cidades. Em Fortaleza o lançamento foi adiado
várias vezes. O filme é de 2011 e na época fez muito burburinho pelos festivais
internacionais, a anunciação do diretor de uma possível data de lançamento era
aguardada há muito tempo pelos admiradores e conhecedores do trabalho do
diretor cearense. Assisti-lo “em primeira mão” antes da capital é uma satisfação
recompensadora após algumas horas de viagem.
E foi isso, muita GenteBoa,
cinema de altíssima qualidade um povo muito acolhedor e receptivo que adora
novidades e aberto a novas experiências. Hoje tem mais!
Começa amanhã a mostra que
levará a Iguatu uma torrente de filmes nacionais e cearenses. É hora então de
conhecer os títulos a serem exibidos naprogramação da mostraa partir de
amanhã:
Chega de Saudade
Ano:
2008. Drama. Cor. 92 min. 14 anos. Brasil. Direção: Laís Bodanzky. Roteiro:
Luiz Bolognesi. Produção: Caio Gullane, Fabiano Gullane. Fotografia: Walter
Carvalho. Trilha Sonora: Eduardo Bid. Elenco: Maria Flor, Betty Faria, Tônia
Carrero, Paulo Vilhena, Cássia Kiss, Stepan Nercessian, Elza Soares.
Sinopse:
A história acontece em uma noite de baile, em um clube de dança em São Paulo, acompanhando
os dramas e alegrias de cinco núcleos de personagens freqüentadores do baile. A
trama começa ainda com a luz do sol, quando o salão abre suas portas, e termina
ao final do baile, pouco antes da meia-noite, quando o último freqüentador
desce a escada. Mesclando comédia e drama, Chega de Saudade aborda o amor, a
solidão, a traição e o desejo, num clima de muita música e dança.
Doce
Amianto
Ano: 2013. Ficção. Cor. 70 min. Direção, Roteiro
e Montagem: Guto Parente e Uirá dos Reis. Produção: Alumbramento. Fotografia :
Guto Parente. Elenco Deynne Augusto, Uirá dos Reis, Dario Oliveira, Rodrigo
Fernandes, Rafaela Diógenes, Reginaldo Dias, Bruno Rafael, Danilo Maia,
Valentina Damasceno.
Sinopse: Amianto vive isolada
num mundo de fantasia habitado por seus delírios de incontida esperança, onde
sua ingenuidade e sua melancolia convivem de mãos dadas. Após sentir-se
abandonada por seu amor (O Rapaz), Amianto encontra abrigo na presença de sua
amiga morta, Blanche, que a protegerá contra suas dores – ao menos até onde
possa.
Era Uma Vez Eu, Verônica
Ano:
2012. Drama. Cor. 90 min. 16 anos. Brasil. Diretor: Marcelo Gomes.Roteiro:
Marcelo Gomes. Produção: João Vieira Jr., Sara Silveira. Fotografia: Mauro
Pinheiro Jr. Elenco: Hermila Guedes, João Miguel, W. J. Solha, Renata Roberta,
Inaê Veríssimo.
Sinopse: Recife. Verônica (Hermila Guedes) tem 24 anos e vive uma fase
de transição. Ela mora com o pai, José Maria, e acabou de se formar em
Medicina. Sem tempo para a agitada vida que tinha quando era estudante, ela
agora se dedica ao início da vida profissional em um ambulatório de hospital
público. As condições são precárias e o cotidiano muito cansativo, não apenas
pelo trabalho em si mas também por ouvir os problemas de dezenas de pacientes
todo dia. Uma noite, ao voltar para casa, ela resolve usar o gravador para
falar de seus próprios problemas. O início segue o melhor estilo dos contos de
fadas, com o clássico "era uma vez".
Historias Que Só Existem Quando Lembradas
Ano:
2011. Drama. Cor. 98 min. 12 anos. Brasil/Argentina/França. Diretor: Júlia
Murat. Roteiro: Julia Murat, Maria Clara Escobar, Felipe Sholl. Produção: Lucia
Murat, Julia Murat, Christian Boudier, Julia Solomonoff, Felicitas Raffo,
Juliette Lepoutre, Marie-Pierre Macia. Fotografia: Lucio Bonelli. Elenco: Sonia
Guedes, Lisa E. Fávero, Luiz Serra, Ricardo Merkin, Antônio dos Santos, Nelson
Justiniano, Maria Aparecida Campos, Manoelina dos Santos, Evanilde Souza,
Julião Rosa, Elias dos Santos, Pedro Igreja.
Sinopse: Jotuomba é um pequeno vilarejo em que
ninguém morre há muito tempo e o cemitério está trancado com cadeado. Cada
morador cumpre sua função e assim seguem os dias. Madalena (Sonia Guedes) faz
pão para o armazém do Antônio (Luiz Serra). Como todos os dias, ela atravessa o
trilho, onde o trem já não passa há anos, limpa o portão do cemitério trancado,
ouve o sermão do padre e almoça com os outros velhos habitantes da cidade.
Vivendo da memória do marido morto, Madalena é acordada por Rita (Lisa E. Fávero),
uma jovem fotógrafa que chega na cidade fantasma de Jotuomba, onde o tempo
parece ter parado.
O Abismo Prateado
Ano:
2011. Drama. Cor. 83 min. Brasil. Diretor: Karim Aïnouz. Roteiro: Karim Aïnouz,
Beatriz Bracher. Produção: Rodrigo Teixeira, Pedro Paulo Magalhães.
Fotografia:
Mauro Pinheiro Jr. Trilha Sonora: Tejo Damasceno, Rica Amabis. Elenco:
Alessandra Negrini, Thiago Martins, Gabriela Pereira, Carla Ribas, Alice
Borges, João Vitor da Silva, Rebecca Orenstein.
Sinopse:
Violeta (Alessandra Negrini) é uma dentista de 40 anos, casada e com um filho
adolescente, que está pronta para começar mais um dia em sua rotina, entre seu
consultório, a academia e um novo apartamento em Copacabana. Parece ter uma
vida dos sonhos, até que recebe um recado no celular, o que muda drasticamente
seu cotidiano, fazendo com que ela passe por uma dolorosa experiência, durante
a qual busca entender a situação, andando pelas ruas do Rio de Janeiro.
O Ano em Que
Meus Pais Saíram de Férias
Ano: 2006. Drama. Cor. Brasil. 106
min. 10 anos. Direção: Cao Hamburger. Roteiro: Cláudio Galperin,
Bráulio Mantovani, Anna Muylaert, Cao Hamburger. Elenco: Michel Joelsas, Germano Haiut, Daniela Piepszyk,
Paulo Autran, Simone Spoladore, Eduardo Moreira, Caio Blat, Rodrigo dos Santos.
Sinopse:Em 1970, a maior preocupação na vida de Mauro (Michel
Joelsas), de 12 anos, pouco tem a ver com a ditadura militar que impera no
País: seu maior sonho é ver o Brasil tricampeão mundial de futebol. De repente,
ele é separado dos pais e obrigado a se adaptar a uma "estranha" e
divertida comunidade - o Bom Retiro, bairro de São Paulo, que abriga judeus,
italianos, entre outras culturas.
Paraíba, Meu Amor
Ano: 2008. Documentário. Paraíba.
80 min. Livre. Direção: Bernard Robert-Charrue. Elenco: Chico César, Dominguinhos, Pinto do
Acordeão, Aleijadinho de Pombal, Os 3 do Nordeste, Trio Tamanduá e o
acordeonista francês Richard Galliano.
Sinopse:O filme documenta a legítima cultura do
interior do Nordeste. É o forró visto sob a ótica do europeu através do diretor
sueco Bernard Robert-Charrue e do músico francês Richard Galliano. É a Europa
reconhecendo o forró como um movimento de valor universal.
5 Minutos
Ano: 2011. Ficção. Cor. Brasil.
Direção: Quico Meirelles. Roteiro: Eduardo Prado. Elenco: Juliano Cazarré,
Maria Flor Calaça.
Sinopse: Quando Laura e Rui, um
casal brasileiro que mora em Londres, vão a um pub e encontram o lugar fechado,
começam a discutir sobre quanto tempo 5 minutos na verdade é.
Amor No Ar
Ano: 2012. Ficção. Cor. Ceará.
Direção: Sara Mabel.
Sinopse:Uma busca sombria, um encontro inusitado e a
possibilidade de uma noite inesquecível. Uma atmosfera embriagante de uma
conversa densa sobre o passado. Personagens presentes num voo noturno em que o
amor se mostra infindável na sua forma.
Meu Amigo Mineiro
Ano:
2012. Ficção. Cor. 23 min. Ceará/MG. Direção, Roteiro e Fotografia: Victor
Furtado e Gabriel Martins.Produção:
Alumbramento. Elenco: Gabriel Martins, Victor Furtado, Luciana Vieira,
Joana de Paula, Natalia Bezerra e Lucas Ribeiro.
Sinopse:
"Gabito, Tô te esperando pra conhecer minha cidade. Chega aí. Vitim."
Na Sua Companhia
Ano:
2011. Ficção. Cor. São Paulo. 21 min. Diretor: Marcelo Caetano. Roteiro:
Marcelo Caetano. Produção: Beto Tibiriçá, Flora Lahuerta, Marcelo Caetano.
Fotografia: Andrea Capella. Elenco: Amaral, Bethânia, Dillah, Dilluz, Lukas
Peralta Filho, Marcela, Ronaldo Serruya.
Sinopse:
A noite e a solidão estão cheias do diabo. Aí vem você e a agridoce vida.
Não vá se perder
Ano: 2012. Comédia. Cor.
Fortaleza. 19 min. 14 anos. Direção: Vanessa Pinheiro. Roteiro: Vanessa Pinheiro e Diego Benevides.Produção: Igor
Vieira. Elenco: Ana Negreiros, Felipe Sales, Rosália Oliveira, Bruno do Vale,
Marcos Bruno, Júlio Lira, Macdonald Almeida, Fábio Albrecht, Bruno Lobo e Pedro
Guimarães.
Sinopse:
Todos podem fazer da sua vida um filme. É com essa deixa que vemos retratado o
cotidiano de Vanessa e de seus relacionamentos fracassados.
Retrato de Uma Paisagem
Ano:
2012. Cor. Ceará. 34 min. Diretor: Pedro Diogenes. Roteiro: Pedro Diogenes.
Produção: Alumbramento. Fotografia: Victor de Melo. Som: Pedro Diogenes.
Edição: Guto Parente, Luiz Pretti e Ricardo Pretti. Elenco: Tavinho Teixeira.
Sinopse: Um filme sobre a
cidade. Um filme sobre pessoas. Estamos vivendo o começo da era da sociedade
urbana. Um novo campo ainda ignorado e desconhecido. E o cenário do futuro
ainda não se encontra estabelecido.
Garoto Cósmico
Ano: 2007. Animação. Cor. Brasil.
76 min. Livre. Direção: Alê
Abreu. Roteiro: Alê Abreu, Sabina Anzuategui, Daniel Chaia, Gustavo Kurlat. Produção: Lia Nunes. Elenco: Aleph Naldi, Bianca
Rayen, Mateus Duarte, Raul Cortez, Wellington Nogueira, Márcio Seixas, Vanessa
da Mata, Belchior
Sinopse:
Cósmico, Luna e
Maninho são crianças de um mundo futurista, onde as vidas são totalmente
programadas. Certa noite, os três se perdem no espaço e descobrem um universo
infinito, esquecido num pequeno circo. Depois de muita brincadeira e novas
experiências, o mundo deles envia um representante especial para resgatá-los e
eles têm de escolher que caminho seguir.
A IV Mostra de
Cinema de Iguatu acontecerá entre os dias 13 e 18 de maio e o Diretor Fantasma
será o portal oficial da mostra.